Sempre soube que após a cirurgia a continuidade do tratamento seriam sessões de radioterapia. Já estava super bem. Mais independente, conseguindo fazer muitas coisas sozinha. Em julho iniciei o tratamentode radio. Foram programadas 30 sessões - 1 sessão por dia, +- 6 semanas. No início foi super tranqüilo, mas ao longo do tratatamento tive que ficar hospitalizada por alguns dias para controlar crises convulsivas que ficaram intensas (cheguei a ter 15 num dia), voltei p/ casa e depois de uma semana tive que voltar para o hospital pois comecei a enfraquecer e ter crises de labirintite. Foi aí que descobrimos que além de tudo eu estava intoxicada por um dos anticonvulsivos que tomava... Ao mesmo tempo começou a queda de cabelos ocasionada pela radio, devido as irradiações diretamente na cabeça. Meus movimentos e eqüilíbrio ficaram comprometidos e tive que voltar a usar a cadeira de rodas, desta vez pelo menos foi por menos tempo.
Com tudo isso, eu e o Gustavo tivemos que adiar o casamento. Sempre estive convicta de que manteria a data, mesmo com tudo. Não me importaria de usar muletas e talvez até a cadeira na festa... Mas depois da radioterapia e de tudo que ficou comprometido, juntamente com meu neurologista optamos pelo adiamento em 1 ano. Foi um momento muito difícil. Sonhei muito com o casamento, e ter que adiar significava: não estar "apta". Estava tudo reservado e parcialmente pago: vestido de noiva, igreja, salão, decoração, som, fotógrafo....Na verdade marcamos tudo em julho e a convulsão foi em setembro.Chorei muito. Sofri de verdade...
Passado tudo isso, um novo recomeço...
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